Rogaciano Leite: poeta, escritor e jornalista

Quem foi Rogaciano Leite?

Rogaciano Leite nasceu em 01 de julho de 1920, na Fazenda Cacimba Nova, em São José do Egito, hoje Itapetim, em Pernambuco. Saiu de sua casa paterna com 15 anos para distribuir sua poesia pelo Brasil. Formou-se em Letras Clássicas em 1949. Além de brilhante poeta e jornalista, foi locutor, radialista, repórter, cronista, cantor, compositor, promotor de eventos, pesquisador e escritor. Poeta versátil, compunha brilhantemente sua poesia em todos os estilos poéticos, sendo um ás no improviso, capaz de compor 18 sonetos seguidos com um mote. Faleceu no Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, no dia 07.10.1969, vítima de infarto do miocárdio, entretanto, Rogaciano Leite está imortalizado na memória cultural do sertão brasileiro.  

Obra

Rogaciano é evocado nos múltiplos aspectos de sua obra, que vão das trovas, glosas, poemas românticos e sociais, sonetos compostos de improviso, crônicas, poemas-reportagens, músicas a inúmeras matérias jornalísticas que produziu, chamando a atenção para os problemas sociais e com as quais foi vencedor de 3 prêmios ESSO de jornalismo. Escreveu vários opúsculos e seu livro mais conhecido é Carne e Alma. Rogaciano é autor das letras das músicas: Cabelos Cor de Prata, Recado, Cantar e Sorrir, A Volta de Maringá, Pergunte a ela, Ceará Selvagem, Poema da Minha Terra, Na praia, valsa Emília e do Hino da Escola Joaquim Magalhães.

Cantorias

Rogaciano foi pioneiro na rádio, com seus programas sertanejos, e pioneiro no Teatro, com seus recitais e cantorias já em 1942. O poeta levou a cantoria aos grandes palcos teatrais deste país e deu a conhecer a arte do sertão ao público intelectualizado, promovendo cantadores e os inéditos Congressos de Cantadores (1947 – Fortaleza e 1948 – Recife). Rogaciano ficou imortalizado pelas vozes do Sertão – do seu Sertão. Rogaciano ficou imortalizado pelas vozes do Sertão – do seu Sertão. Como promotor cultural, também idealizou e organizou a enorme e inédita Serenata a Francisco Alves – grande cantor brasileiro – no dia 25.10.1952, no Vale do Anhangabaú em São Paulo, onde participaram dezenas de cantores e assistiram cerca de 300 mil pessoas. Nessa ocasião, compôs um belíssimo improviso que fez silenciar a multidão. Rogaciano deixou um legado importante para a cantoria e para a cultura brasileira.

Rogaciano semeava poesias e colhia aplausos por onde passava, seja na roda de amigos seja lotando teatros. Ainda hoje seu nome é pronunciado, vivo e pujante, na sua terra natal, nos seus versos declamados, nas vozes dos poetas e no coração do seu povo.Coração Sertanejo será a sua mais recente obra publicada por ocasião do seu centenário de nascimento (1920-2020).

Reconhecimento

Seu nome ainda ressoa em nomes de praças, ruas, avenidas, escolas, centros culturais, academias de cordéis e de letras, nas cantorias, nas rimas de poetas, nas músicas, na imprensa, na literatura, nos trabalhos acadêmicos e nas memórias daqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-lo.

Desde 1947, no Teatro Amazonas, uma placa de bronze o homenageia. Os três prêmios ESSO de jornalismo, com séries de reportagens inéditas e instigantes, inclusive algumas em versos, marcam o seu brilhantismo nesta área. Rogaciano é Patrono de várias Academias: Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Academia Serra Talhadense de Letras, Academia de Letras de Paulo Afonso, Academia Caruaruense de Literatura de Cordel, Academia de Cordel Caruaruense e Academia Literária Virtual do Clube da Poesia. Na Academia Brasileira de Literatura de Cordel foi instituída a Comenda “Medalha Rogaciano Leite” a ser outorgada a personalidades com relevantes serviços prestados a esta arte. No Município carioca de Valença, sua composição Cabelos Cor de Prata é nome de rua e em sua placa consta seu nome. Em Itapetim (PE), sua estátua de corpo inteiro embeleza a linda praça Rogaciano Leite. Em São José do Egito (PE), além do nome de rua, um grande painel lembra seu poeta conterrâneo. São inúmeras as críticas em reconhecimento à sua pessoa e à sua obra.

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